Segundo J. A. G. de Mello, em Restauradores de Pernambuco, é pouco conhecida a identidade de Diogo Lopes Santiago e não existe certeza tratar-se de um pseudônimo ou nome, se era militar ou professor de gramática, bem como se português do Cabo ou se natural de Pernambuco. É certo, no entanto, que residiu próximo do Arraial Novo Bom Jesus. A Lopes Santiago, contemporâneo dos épicos acontecimentos, deve-se o mais completo trabalho sobre as Batalhas dos Guararapes. Seu manuscrito incompleto, segundo ainda J. A. G. de Mello, foi encontrado na Biblioteca Municipal do Porto, e publicado pela primeira vez nos anos de 1871 a 1886, pela revista do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro. A descrição de Lopes Santiago permite, por si só, reconstituir todos os lances da batalha, além de possuir um sabor literário épico.
Lopes Santiago foi o primeiro cronista das Batalhas dos Guararapes e, segundo conclusão de análise de J. A. G. de Mello, foi calcado na obra de Santiago, que o Frei Rafael de Jesus, Dom Abade do Mosteiro de São Bento de Lisboa e cronista-mor do Reino, escreveu o Castrioto Lusitano, publicado em Lisboa, em 1679. É presumível que Lopes Santiago tivesse vindo para o Brasil na condição de professor de gramática, mas que, sobrevinda a guerra, foi obrigado a prestar serviços militares à causa. Durante a guerra, era difícil, senão impossível, dedicar-se ao ensino da gramática, pois mesmo as atividades econômicas haviam diminuído bastante.