MAURO MOTA
Mauro Ramos da Mota e Albuquerque (Nazaré da Mata, 16/08/1911-Recife, 22/11/1984). Nasceu no Engenho Buraré.. Foi poeta, jornalista, cronista e professor. Estudou em Nazaré da Mata e no Recife, no colégio Salesiano, onde escreveu seus primeiros versos, no jornal O Colegial, dirigido pelo padre Nestor de Alencar.Casou muito jovem, com Hermantine Cortez, com quem teve dois filhos. Formou-se em Direito, em 1937, pela Faculdade de Direito do Recife. A morte de sua esposa, inspirou-o em inúmeras poesias. Foi professor de história e geografia em vários colégios pernambucanos, entre eles a Escola Normal, na qual conquistou a cátedra com a tese O Cajueiro Nordestino. Como jornalista foi secretário e redator-chefe do Diário da Manhã. Com o Estado Novo, passou para o Diario de Pernambuco, chegando a diretor, em 1956.
No DP dedicou-se ao suplemento literário, abrindo caminho para as novas gerações. Sua contribuição literária foi das mais importantes tanto em prosa como em verso. Publicou "A Tecelã", "Os Epitáfios" e "O Galo e o Catavento". Em prosa destacam-se "Geografia Literária" e "Paisagem das Secas". Foi também superintendente do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, entre 1956 e 1970; diretor do Departamento de Documentação e Cultura da Cidade do Recife e do Arquivo Público Estadual de Pernambuco, de 1972 a 1984. Foi casado pela segunda vez, com a pintora e cronista Marly Mota, com quem teve quatro filhos. Presidiu a Academia Pernambucana de Letras por mais de dez anos. No dia 5 de janeiro de 1970, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Recebeu o Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras, o Prêmio da Academia Pernambucana de Letras por seu poema Elegias, o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro e o Prêmio Pen Clube do Brasil pelo livro Itinerário.