Frederico Pernambucano de Mello
Frederico Pernambucano de Melo nasceu no Recife. É considerado um dos maiores conhecedores do fenômeno do cangaço. Formou-se em Direito em 1971, pela UFPE, e foi procurador federal até se aposentar, em 2008. Especializou-se em Administração de Assuntos Culturais: Política e Gerência, pela Organização dos Estados Americanos/Universidade de Brasília/Centro Nacional de Referência Cultural, sob a direção do designer Aloísio Magalhães. Na Fundação Joaquim Nabuco integrou a equipe do sociólogo Gilberto Freyre, de 1972 a 1987, quando começou a estudar a História Social do Nordeste com foco nos aspectos de conflito, tendo publicado diversos livros, entre os quais "Rota batida: Escritos de lazer e de ofício" (Edições Pirata, 1983); "Na trilha do cangaço: o sertão que Lampião pisou" (Editora Vento Leste, 2016); "Guerra em Guararapes & outros estudos" (Escrituras Editora, 2017); e "Apagando o Lampião: Vida e morte do Rei do Cangaço" (Global Editora, 2018). Tem três livros em catálogo na Cepe Editora: "Estrelas de couro: a estética do cangaço" (4ª edição, 2022), "Guerreiros do sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil" (6ª edição, 2023), "Benjamin Abrahão: Entre padre Cícero e Lampião" (2º edição, 2025)
Ganhou diversos prêmios literários e distinções honoríficas civis e militares. É membro dos Institutos Históricos de Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe, do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil. Integrou o Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, de 1988 a 1994. Foi curador da Fundação Bienal de São Paulo/Associação Brasil 500 Anos, no período 1997–2001, com vistas à Mostra do Redescobrimento, São Paulo, 2000, e seus desdobramentos no Rio de Janeiro, no Chile e na Inglaterra. Chefiou em Nova York a equipe brasileira encarregada da montagem da mostra "Brazil: Body and Soul", no Museu Guggenheim. É filiado à União Brasileira de Escritores — Seção de Pernambuco desde 1984, tendo presidido a entidade no biênio 1989–1990. Ocupa a cadeira 36 da Academia Pernambucana de Letras, desde 1988.