EROTISMO NO CONTO BRASILEIRO É DESTAQUE NA FLIP E NA ILUSTRÍSSIMA
25/07/2018
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O corpo descoberto: Contos eróticos brasileiros (1852-1922), organizado pela pesquisadora Eliane Robert Moraes, revela uma face desconhecida de autores como Monteiro Lobato, Olavo Bilac e Coelho Neto, que usavam pseudônimo para burlar a moral social da época. Sob o selo do Suplemento Pernambuco, o livro que vai ser lançado pela Cepe Editora na Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), no dia 26, ganhou espaço na Ilustríssima, da Folha de São Paulo - edição de 22 de julho - que destacou dois contos de Olavo Bilac, que assinou como Bob.
Eliane Robert, professora de Literatura Brasileira no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade de São Paulo, publicou há três anos a Antologia do Erotismo Brasileiro. Ela revela que O corpo descoberto não é um recorte da produção contista anterior ao Modernismo, que rompeu com a clássica moralidade social do período.
Os contos também expõem as reviravoltas do País em meio a crise do Império e o limiar da República. A coletânea aborda temas como o fetichismo, a viuvez, as virgens, o desejo e (discretamente) a atração entre homens. As mulheres são as protagonistas das histórias, mas como escritoras se valiam do pretexto do amor para falar sutilmente sobre sexo. Entre os 22 escritores dos 53 contos, há apenas uma mulher: Júlia Lopes de Almeida
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